HATE AND CHAOS

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A Revolução já esta em curso !!!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

ENTREVISTA PARA O SITE WIPLASH


Por Bernardo Oliveira | Em 21/05/09

Em uma conversa bem franca e divertida o baterista,e membro fundador da banda, Panda Reis fala sobre o estilo de vida underground e os trabalhos de uma das principais bandas de Death Metal do Brasil.


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Em 1999 o Oligarquia participou de diversas coletâneas, queria que você falasse mais sobre esse período da banda.

Essa época foi quando lançamos nossa segunda demo tape, a "Really to be Dead", e essa demo teve uma ótima repercussão aqui no Brasil e no exterior, e isso abriu várias portas pra banda, e naturalmente começaram a rolar convites para coletâneas e tivemos a chance de participar de algumas. Aquela época foi impar e a partir desse ano as coisas mudaram demais pra banda, esse ano a banda começou a ser menos “junkie” e mais profissional (risos)

Vocês já participaram de uma tour com a banda Incantation que rendeu bons frutos. Fale mais sobre a vida na estrada e a tour com o Incantation.

Estar na estrada é legal pra caralho! É um momento único pra qualquer banda que goste de tocar ao vivo, é certo que tem várias coisas na estrada que estressam e desgastam muito, ainda mais pra mim que já estou a passos largos pra virar um quarentão (risos). Esse giro que fizemos com o Incantation foi bem legal, pudemos trocar uma idéia com eles e saber um pouco mais das particularidades desses gringos, como por exemplo, os caras gostam de Autopsy! Pensei que os únicos que gostavam de Autopsy fossemos nós ! (risos)

Com o lançamento de “Humanavirus” a banda mudou de formação e de gravadora, como foi esse período?

Nós sempre mudamos de formação, nunca lançamos dois material com a mesma formação, sempre foi uma constante essas merdas de mudanças na formação, mas isso desde o início, desde o primeiro ensaio até hoje, sempre rolaram problemas desse tipo. O mesmo se refere as gravadoras, é difícil manter-se preso a elas nos dias de hoje e acho natural essa mudança, não vejo nada traumático,somos uma banda do underground, aonde tocar é só diversão e não a função que paga nossas contas, então não me preocupo com mudanças de gravadoras e de formações, apesar que isso atrapalha e muito, mas encaro como um processo natural.

Apos a tournê Humanavirus Tour a banda realizou a tournê Antes do Caos MiniTour. Vocês tem o habito de fazer mini-tours antes do lançamento de álbuns?

Não temos esse hábito não, é que depois que acabou a turnê do "Humanavirus", ainda não tínhamos começado a produção e somos viciados em tocar, em estar em um palco, viajar e essas porras todas . E como tínhamos acabado oficialmente a turnê do "Humanavirus", inventamos essa mine turnê pelo sudeste pra não ficarmos mofando em estúdio, ensaiando e compondo (risos). É mais ou menos o que vem acontecendo desde 2008, não agüentávamos mais ficar trancados em estúdio e saímos pra fazer alguns shows,que ainda estamos fazendo, a diferença é que dessa vez não “inventamos” nenhum nome.

A Humanavirus Tour durou cerca de 2 anos, como foi esse período na estrada e por quais lugares vocês passaram?

Foi muito legal poder tocar por tanto tempo em várias cidades e estados diferentes, mas confesso que foi extremamente cansativa e repensaremos muito para voltar a fazer uma turnê tão longa, pois pense bem, todos na banda trabalham, e no meu caso ainda faço faculdade e tenho filho, família, então imagina o quanto é complicado conciliar tudo isso, imagina o tanto que é problemático se manter na estrada com produtores nem querendo bancar uma van para facilitar as coisas pra gente? Foi punk cara, trabalhar e estudar de segunda a sexta, entrar em uma van, ou ônibus ou carro, viajar por horas, tocar no sábado a noite, sair do palco e viajar por horas até a próxima cidade, tocar, engolir alguma coisa e viajar por horas até a outra cidade e só chegar em casa na segunda de manhã, tomar um banho e correr pra ainda levar o filho pra escola, correr pro trabalho e escutar o seu encarregado reclamar que chegou atrasado e com os olhos vermelhos (risos)! Mas por enquanto tá legal, enquanto estiver me divertindo vale a pena.

A vida na estrada é cheia de coisas pra se recordar, principalmente as engraçadas, conte-nos alguns eventos “bizarros” com que vocês se depararamm na estrada.

Tem certeza, cara (risos)? Acho que as “bizarrices” que rolam com a Oligarquia não podem ser descritas aqui, se não seríamos presos, processados ou expulsos de casa ! (mais risos) Mas pra citar os mais leves, são aqueles que tem álcool no meio, como mijar no corredor do hotel em Londrina, dormir nas escadarias de uma igreja em Minas e é melhor parar por aqui (risos)

Gostaria que você falasse mais sobre Alex Chiovitti, como ele contribuiu para o Oligarquia e a sua partida .

O Chiovitti é meu irmão cara! somos amigos há mais de 20 anos, quando formei a Oligarquia, ele foi o cara que quis comigo, por ser meu irmão e por ter uma guitarra vermelha (risos), ele é um cara que admiro, respeito e sempre estarei do lado dele, mesmo se a recíproca não for a mesma, foda-se! amo o Alemão como amo meu irmão co-sanguíneo e nada vai mudar isso, nem mesmo uma banda, uma cena. Sua saída foi normal, somos amigos e isso deve estar acima da musica, da banda, quando ele resolveu sair, aceitamos e pronto. Se era isso que ele queria, fico feliz por ter conseguido e torço por ele todos os dias, mesmo nosso contato estando muito restrito, mesmo ele não me vendo da mesma maneira que eu o vejo, saca?! Ele contribuiu na banda como qualquer outro membro que por ela passou, teve seu momento e sua história, e isso vai ficar pra sempre, foram 16 anos tocando na mesma banda e isso marca, é normal, mas hoje torço por ele, mesmo que ele não torça por mim.

A sonoridade do Oligarquia vai mudar sem a presença do Alex?

Muda-se a maneira de se tocar o instrumento, mas o estilo é o mesmo, os outros três são os mesmos, acredito que a mudança de formação que mais mudou o som da banda foi quando o Wilian (que gravou as duas primeiras demos tape) saiu, ali não teve como não mudar o som, agora com a saída do Alex eu acho que ficou a mesma coisa, pra ser sincero até um pouco melhor, pois tem um cara só tocando a segunda guitarra e só um cara cantando, isso da um “Up” tanto de desempenho, como em palco, acredito que ainda temos muito a crescer e são esses cinco que estão na banda hoje que terão essa missão.

Em “Distilling Hatred”, vocês optaram por produzir o próprio disco...

Sim, a auto produção era algo que sempre quisemos fazer, mas nunca tínhamos tempo ou suporte pra isso. Quando começamos a gravar o "Distilling Hatred", já decidimos por isso, a gente mesmo produzir, pois queríamos que o disco fosse o mais foda possível, o mais com a cara da Oligarquia e como fazer isso? Se auto produzindo, parceiro!. Então escolhemos dois técnicos de som, e um estúdio legal, e partimos pra batalha árdua, tem sido um parto essa produção (risos), pois leva um tempo, coisa que não tenho, mas agora que já estamos na fase final percebemos que a escolha foi a correta, pois nenhum disco da gente tem tanto a cara da banda como esse ! Eu até brinco com os caras que esse cd é na verdade o primeiro (risos), pois ele consegue ser mais old school que o "Nechropolis". Eu acho que fizemos a escolha certa, talvez tenha sido a mais cara (risos), pois perdemos muito tempo testando as coisas e pegando no pé um do outro para as coisas saírem direito, mas tenho certeza que qualquer headbanger que curta death metal old school vai ficar de rola dura ao ouvir essa merda (gargalhadas)!

Panda, o espaço está aberto para suas considerações finais.

Abraço a todos e que todos procurem o CD da banda ou ao menos visitem nossos sites, espero ver todos em breve.

Contatos do Oligarquia:
http://www.oligarquiadeath.com
http://www.myspace.com/oligarquiadeath
http://www.youtube.com/oligarquiaband
http://www.fotolog.com/oligarquiadeath
oligarquia@oligarquiadeath.com
pandadrums@hotmail.com

Um comentário:

Marcus Vinicius Costa disse...

cara, muito legal, a parte dos headbangerscom a "rola dura" foi massa uhahuauhauh