HATE AND CHAOS

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A Revolução já esta em curso !!!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A LIMPEZA ÉTNICA PROSSEGUE


No século XVI os Europeus invadiram as Américas atrás de metais preciosos e especiarias ... massacraram índios de todas as etnias e origens , povos que estavam aqui a milênios, os que não foram massacrados sofreram com escravidão física ou ideológica. Com o dito iluminismo e a evolução da valorização dos direitos humanos a situação deveria mudar , deveria ...Pois em pleno século XXI a arbitrariedade, o preconceito e a busca pelo lucro com as terras milenares prossegue tão nefasta ou até pior que séculos atrás .
Segue abaixo um exemplo de que a tentativa de tornar a etnia indígena na marginalidade a todo custo. Leiam, pensem a respeito e abram o debate e repassem a informação para todos que não aceitam a repressão cultural e utilizam do amparto do Estado ( que dizem de direito) para continuarem com o massacre colonial do século XVI, disfarçado de lei ... lei do “cara pálida” , lei do sistema capitalista que como sempre favorecem os grandes latifundiários e herdeiros dos opressores colonialistas.
A PRISÃO DE BABAU
Babau foi preso na madrugada do dia 10 de março, enquanto dormia em sua casa com a mulher e o filho. A ação da Polícia Federal aconteceu de forma ilegal, com evidente violação de residência, prisão por policiais federais não identificados e demora na apresentação da liderança à delegacia. A prisão aconteceu às 2h30, mas Babau só chegou à delegacia pela manhã. Alguns dias depois, apresentava hematomas no rosto e dores nos rins.

O irmão de Babau, Givaldo Jesus da Silva, também estava preso preventivamente por decisão do juiz federal Pedro Holliday. Ele foi detido em frente à garagem onde entregava seu carro para consertos, em Buerarema. Os dois foram transferidos no dia 16 de abril para a penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, Rio Grande do Norte.

No último dia 3, feriado de Corpus Christi, Glicéria Jesus da Silva, irmã de Babau, também foi presa pela Polícia Federal. Ela foi detida no aeroporto de Ilhéus, com seu filho de dois meses, quando voltava de uma reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), em Brasília, com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, onde denunciou o processo de criminalização de seu povo.

PRISÕES INEXPLICÁVEIS... E INJUSTIFICÁVEIS

Primeiro foi a prisão do cacique Babau, líder indígena dos
tupinambás, no Sul da Bahia, ocorrida em março deste ano. Em seguida
foram as prisões de sem-terras na Chapada Diamantina, detidos no final
de março em Itaberaba. Posteriormente outros trabalhadores rurais sem
terra foram detidos, e ainda assim permanecem, no município de Iguaí,
em meados do mês passado. E agora a prisão de uma índia Tupinambá, com
o filho de apenas dois meses de idade, em Ilhéus.

Dizem que vivemos um estado democrático de direito, mas na minha
compreensão, jamais alguém poderia ser preso por estar lutando porque
quer trabalhar na terra. Porque quer demarcar terras para um povo, no
caso, os índios. É o que assegura a nossa Constituição. E o que vemos,
com freqüência, são denúncias e posteriores prisões contra os que lutam
por demarcações de terras indígenas, os que defendem o meio ambiente e
os que lutam pela reforma agrária.

Por outro lado, apesar das inúmeras denuncias de desmandos, de
grilagem, de desmatamento, de abusos de toda natureza, não se vêem
prisões contra aqueles que violentam os povos indígenas, que ocupam
ilegalmente as terras, e que massacram os sem-terras, como atestam os
episódios violentos em Corumbiara, Eldorado de Carajás e no Estado de
Minas Gerais.. Todos esses crimes que continuam impunes, apesar de se
saber quem são os verdadeiros culpados.

Pergunto: por que até hoje os sem-terras, os negros e os índios,
apesar de estarem em um país que vive o estado democrático de direito,
ainda, vivem como se ainda estivessem na época das senzalas? E faço
essa pergunta porque, além da discriminação, da brutal desigualdade
social e econômica, esses segmentos sofrem com a discriminação da
Justiça, que sempre pune o lado mais fraco, enquanto os poderosos agem
impunemente.

As vítimas, que na sua grande maioria são os negros, o índio, os
sem-terra, os pobres de uma forma geral, por força dessa estrutura de
desigualdade ainda vigente no nosso país, acabam, se transformando em
réus. E viram réus apenas porque reivindicam aquilo que a própria
Constituição lhe garante: a liberdade para trabalhar, para
sobreviver.

Quando se luta por dias melhores, essa luta se transforma em
reivindicações. E reivindicar não é crime. Sendo assim, lutar também
não é crime. E é isso que fazem índios, sem-terras, negros, que tentam
apenas sobreviver de uma forma mais digna, mas que, atrelados a um
passado em que esses segmentos eram simplesmente ignorados, e alheios
aos direitos assegurados na própria Constituição Brasileira, os que
concentram o poder e a riqueza, não deixam.

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